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EHF CHAMPIONS LEAGUE FEMININA 2015/16: UMA PRÉVIA!

Vai começar a Champions League 2015/16 feminina!

O maior campeonato de clubes da Europa começará no dia 16/10 com dois jogos: CSM Bucuresti (ROU) x MKS Lublin (POL), 13h00 (horário de Brasília), e Krim Mercator (SLO) x Baia Mare (ROU), 14h00.

A Champions League 2015/16 será disputada por 16 equipes (veja aqui todas elas). Na primeira fase as 16 equipes estarão divididas em 4 grupos com 4 participantes. Jogarão todos contra todos dentro de cada grupo, ida e volta, e ao final dessa fase o quarto colocado de cada grupo estará eliminado da competição. Aqui cabe um comentário: é um pouco estranha essa primeira fase, realizar 48 jogos para poder eliminar 4 entre 16 participantes.

Na segunda fase, o “Main Round”, as 12 equipes sobreviventes da fase de grupos formarão dois grupos de 6 times cada, jogando todos contra todos, ida e volta. Ao final, os 4 melhores de cada grupo passarão às quartas-de-final e em seguida virá o Final 4, novidade que vai para sua segunda temporada na CL feminina e deve ser disputado outra vez em Budapest (Hungria).

A CL 2015/16 deve ser bastante disputada, talvez mais equilibrada e mais interessante do que a da temporada passada. Vejamos os favoritos, segundo os nossos palpites:

Gyori (HUN) – de novo em sua força máxima com a volta de Duda Amorim e Anita Gorbicz. Além disso, a norueguesa Linn Sulland chegou para o lugar da alemã Susann Muller na lateral direita. Muller é uma grande jogadora, mas não rendeu o esperado no Gyori. Como se não bastasse, o time húngaro contratou aquela que para muitos é a melhor central da atualidade, a holandesa Nycke Groot, e a pivô Yvete Broch, outra holandesa, mais pronta para dar algum descanso a Heidi Loke. Ainda, Susana Tomori, a polivalente primeira linha da seleção húngara que estava no FTC, também foi contratada. O time estaria ainda mais forte se não fosse por uma contusão: Gabriela Toth, jovem promessa húngara, ficará 6 meses fora devido a cirurgia no joelho.

Buducnost (MNE) – o atual campeão, que não teve adversários à altura em 2014/15, mantém sua força, a não ser por uma baixa, a da goleira alemã Clara Woltering, que voltou a jogar em seu país. É uma grande perda, não custa lembrar que Woltering foi MVP no Final 4 da temporada passada. A goleira croata Marta Zderic deve assumir a posição. De qualquer forma, o núcleo Bulatovic-Knezevic-Neagu-Cvijic continua intacto.

Vardar (MKD) – o time macedônio, pertencente a um milionário russo, continua contratando desesperadamente, e para esta temporada trouxe a sérvia Sanja Damjanovic para uma posição onde já estava a croata Andrea Penezic. Se a central sérvia Andrea Lekic conseguir fazê-las jogar, e se a lateral direita russa Tatiana Khmyrova voltar ao seu grande nível…Interessante notar que o Vardar conta com apenas duas jogadoras macedônias em seu elenco. Mas, de qualquer forma, ao lado do Baia Mare (ROU) o Vardar é o único clube com times na CL masculina e feminina, então, palmas para o milionário russo e seu interesse pelo handebol!

CSM Bucuresti (ROU) – o atual campeão romeno chega à CL causando muitas expectativas, pois manteve seu núcleo estrangeiro (as brasileiras Mayssa, Ana Paula, Deonise e Fernanda, mais a espanhola Carmen Martin, a russa Vetkova e a sueca Linnea Torstensson) e ainda contratou 3 jogadoras top em suas posições: a central sueca Isabelle Guldén, a ponta esquerda dinamarquesa Maria Fisker e a lateral direita dinamarquesa Line Jorgensen. Nesse 2015 o Bucuresti já venceu o Buducnost no torneio Bucuresti Trophy. É amistoso, mas venceu!

O Bucuresti tem dois problemas: Torstensson está se recuperando de contusão, sem previsão de volta. Além disso, houve no início da temporada uma confusão com atraso nos salários de algumas jogadoras (as brasileiras e a russa Vetkova) e com a demissão da técnica dinamarquesa Mette Klit. Superados esses percalços, o time romeno é forte candidato ao Final 4.

Em tempo, para o lugar de Mette Klit foi contratado o dinamarquês Kim Rasmussen, também técnico da seleção feminina da Polônia.

Rostov Don (RUS) – o Rostov é um pouco uma incógnita. Time com grande orçamento (seu técnico, o dinamarquês Jan Leslie, declarou que eles gastam cerca de duzentos mil euros por temporada só com tratamento de contusões, todo feito em uma clínica na Alemanha), se reforçou com Ksenia Makeeva e Ekaterina Davydenko, duas jogadoras da seleção russa que estavam no Baia Mare (ROU), e com a goleira norueguesa Katrine Lunde, que saiu do Gyori depois de ficar descontente com o tratamento dado a ela pelo clube por ocasião de sua gravidez. Além delas, já contava com várias jogadoras da seleção russa. O time teve bom desempenho no Bucuresti Trophy e, meio correndo por fora, é candidato ao Final 4.

Larvik (NOR) – o time norueguês foi completamente superado pelo Buducnost na final da última CL. Muitos disseram que o Larvik chegou àquela final porque era o “mais forte entre os mais fracos”. O que mudou da temporada passada para esta? Não muito, saiu Linn Sulland e entrou Amanda Kurtovic; Linn-Kristin Riegelhuth está grávida e se voltar ainda nessa temporada será ao seu fim; além disso, Gro e Anja Hamerseng-Edin estão um ano mais velhas…Parece, por esse lado, que as coisas ficaram até piores. Mas, por outro, a polonesa Alina Wojtas, que perdeu o Final 4 por contusão, agora está de volta. Fora isso, em 2015 tem Mundial e em 2016 Olimpíadas, e sendo o Larvik a base da seleção norueguesa, é de se esperar que elas estejam voando. Então, não dá para não colocar o Larvik entre os postulantes a Final 4.

Fora estes seis postulantes ao Final 4, apostaria que o grupo de times formado por FTC (HUN), Midtjylland (DEN), Fleury (FRA) e Baia Mare (ROU) deve oferecer dificuldades aos supostos favoritos e pode causar algumas surpresas. Os times restantes estão em nível inferior e não devem ter grandes chances. A nota melancólica é que o Hypo NO (AUT), que conta com grande simpatia aqui no Brasil devido à história de várias brasileiras na equipe, deve ser o maior “saco de pancadas” da competição, com o perdão pela expressão.

Por falar em brasileiras, serão várias disputando a CL 2015/16. Fernanda França, Ana Paula Rodrigues, Deonise Fachinello e Mayssa Pessoa no CSM Bucuresti, Jéssica Quintino no MKS Lublin, Alexandra Nascimento no Baia Mare, Eduarda Amorim no Gyori e Darly Zoqbi no Fleury. São 8 ao total.

Como sempre, todos os jogos serão transmitidos ao vivo online, e também permanecerão à disposição gravados na EHF TV. Ou seja, um mundo de handebol ao alcance de um clique.

Façamos um bom proveito!